Marketing, espionagem ou doação de informação?

Dados de usuários de aplicativos de telefones não tem proteção, é o que afirma a Bloomberg News, considerando que foi revelado que a Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA, na sigla em inglês) está grampeando aplicações de telefones para prospectar informações pessoais de usuários.

Por outro lado a empresa de segurança digital Zscaler (USA) analisou e identificou que 96% dos principais aplicativos de rede social requisitam acesso ao correio eletrônico, 92% pedem acesso à lista de endereços de usuários e 84% perguntam sobre a localização física.

Em paralelo existe o desejo correto do usuário receber informação sobre um tema que tenha interesse, variando de promoções de lojas até disponibilização de trabalhos acadêmicos em temas específicos.

O que realmente acontece é esta miscelânea de situações. O usuário não quer ser espionado, por outro lado quer receber informações e utilizar serviços, porém também não deseja compartilhar certas informações que não atinou que ele (o usuário) mesmo autorizou o acesso.

Existe uma lenda que nasceu com a Internet e seus serviços de que existe gratuidade neste ambiente. O usuário pensa (ou quer pensar, ou é levado a pensar) que a Internet e seus aplicativos são grátis. Aí começa o problema.

Entendo que para minimizar este problema é necessária uma transparência de informações. Se um aplicativo precisa de informações privativas do usuário para lhe prestar o serviço prometido, que isto seja explicitado. Os riscos precisam ser ditos e cada um fará o seu julgamento se utilizará ou não aquele serviço.

Com a utilização de equipamentos particulares do usuário (BYOD – Bring Your Own Device) esta situação fica mais crítica, pois este equipamento terá informações da organização. Que para o mundo competitivo vale muito e existe sim a espionagem organizacional.