Tomando como base a vida urbana nos grandes centros, via de regra, passamos por várias situações de risco em nosso dia-a-dia. Desde quando saímos de casa até o momento do nosso retorno, estamos sujeitos a vários riscos, desde uma simples chuva, uma comida que fez mal, um furto, acidente de trânsito, mal súbito, perda de alguma coisa, uma queda, um assalto e até mesmo uma situação mais grave.
Muitas dessas situações podem ser evitadas, ou no mínimo reduzidas, se agirmos com atenção e de forma preventiva. Saber os riscos que estamos correndo é fundamental para a escolha ideal de como iremos enfrentá-los.
Sempre que percebo uma situação de risco procuro orientar as pessoas, informando sobre a vulnerabilidade dela naquele momento e ilustrando com as possibilidades do que poderia acontecer. As expressões são sempre de surpresa.
Neste momento estou em viagem pelo Brasil e como um fiel usuário dos apps de transporte (Uber e outros) percebi que muitas pessoas solicitam o serviço e ficam segurando o celular nas calçadas, bem próximo à rua. Essa é uma situação de risco evidente, especialmente nas grandes cidades. A ação dos criminosos é rápida e certeira. Eles ficam atentos a pessoas que estão nessa condição de espera com o celular na mão, passam de moto e arrancam o celular da mão da vítima num piscar de olhos.
Outra situação que pode ser facilmente observada são as pessoas transitando com fones de ouvido (bem alto) e com o olho grudado no celular. Além do risco de ser assaltada pela postura desatenta que favorece o ataque surpresa do bandido, fica trombando nas pessoas e em objetos nas calçadas, podendo também ser vítima de atropelamento.
Nos Estados Unidos é comum os veículos pararem para dar vez aos pedestres, enquanto no Brasil apesar da regra ser a mesma, sabemos que não acontece bem assim.
Não se trata de paranoia, mas conhecendo as estatísticas criminais de uma cidade como São Paulo, por exemplo, sabemos que a probabilidade de um assalto é real e alta, especialmente se você der “chance para o azar” como se diz popularmente. Sabedores dos riscos, nossa postura deve ser no sentido de transmitir ao criminoso que em razão de nossa condição de alerta as chances dele ter sucesso na ação criminosa são menores. Muitas vezes isso é suficiente para evitar que ela se concretize.
A atenção (o estado de alerta) é um dos principais fatores de dissuasão de crimes e situações de risco como essas. Qualquer outra medida é secundária! Ao sair de casa, planeje o seu dia e fique alerta no seu trajeto. O maior responsável pela sua segurança é você mesmo.
Matéria publicada em minha coluna no jornal Gazeta Brazilian News: http://gazetanews.com/author/igor-pipolo/.