Segundo especialistas da Polícia Militar e do Exército brasileiro, sons e cadência das rajadas dos disparos que deixaram pelo menos 59 mortos indicam uso de armas automáticas, ou armas semiautomáticas que sofreram adaptações para aumentar seu potencial destrutivo.
Por Ana Carolina Moreno, G1
Os vídeos que registraram o ataque em Las Vegas na noite deste domingo (1º) indicam que os calibres das armas disparadas pelo atirador são feitas possivelmente para dois tipos de atividade: caça de animais selvagens e guerras, afirmam especialistas ouvidos pelo G1. Considerando os sons registrados nos vídeos e a distância dos disparos, eles dizem que as armas de fogo utilizadas usam calibres pesados e com alto poder destrutivo.
Pelo menos 59 pessoas morreram e mais de 500 ficaram feridas pelos tiros, que saíram de cerca de 450 metros de distância.
O coronel Fernando Montenegro, reserva das Forças Especiais do Exército e professor de gestão de segurança e antiterrorismo da em Universidade Autónoma de Portugal, explica que as armas usadas no atentado foram desenvolvidas para conflitos armados, ou ganharam alguma adaptação para se tornarem mais letais. “Armas automáticas foram desenvolvidas para guerra”, disse ele.
Como armas automáticas são de uso restrito e controlado nos Estados Unidos, outra possibilidade que ele levanta é a de que o atirador tenha obtido armas semiautomáticas (de comércio livre nos EUA) e usado adaptações para que elas passassem a ter potencial parecido ao de armas de guerra.
“Existem dispositivos de adaptação para armas que atuam sobre o gatilho e permitem até dar rajadas com pistolas”, explicou ele. Montenegro dá como exemplo o AR-15, um fuzil semiautomático, que pode ganhar “dispositivos de adaptação” como o anti-choque – acoplado à arma, ele permite disparos mais rápidos. “Já vi isso à venda legalmente nas lojas lá no Texas e da Califórnia por apenas U$ 80 [cerca de R$ 300]” diz.
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