O inusitado aconteceu: uma (e depois outras) pessoa ligada a uma escola de samba que estava perdendo, corre em direção à mesa onde estavam divulgando as notas dos jurados e numa ação rápida pega as folhas de votação, rasga algumas e leva outras colocando dentro da calça, provavelmente inspirado pelo dinheiro na cueca que os políticos têm utilizado. Perdão, os políticos masculinos, pois as senhoras têm levado na bolsa mesmo.
Mas, voltando para o Sambódromo de São Paulo, todos ficam parados, chocados. Faltavam dois quesitos a serem computados. Para encurtar a história, não existiam cópias das folhas de votação e o resultado (após muita confusão) foi considerado até aquele momento. Precisavam declarar os campeões, pois o negócio continua e no sábado têm novo desfile.
As notícias indicam que o regulamento não previa esta situação.
Entendo que é uma situação que ainda não tinha acontecido, mas, não era difícil de acontecer. Como outras situações mais simples: perda ou roubo da urna com as cédulas, ou o locutor em um momento final ao ler a nota 9, gritar 10. Coisas que podem acontecer.
Qualquer informação precisa ser protegida para que pessoas não autorizadas acessem esta informação, para que ela não seja indevidamente destruída e para que ela se mantenha íntegra ao longo do tempo. Uma folha de cópia, tipo carbono (lembram-se) guardada em outra urna, poderia garantir a informação mesmo que a informação original fosse destruída. Mas isto dá trabalho e custa recurso! Sim! E quem disse que segurança é gratuita?
Pense na sua organização: se um usuário em um surto de raiva, insatisfação ou doença, resolver destruir informações, sua organização será capaz de recuperar a contendo e a tempo a informação original? Ou se um erro acontecer e informações que não deveria ser destruídas, sejam destruídas, o que acontecerá?
Trate a segurança da informação de maneira profissional. Se não, a organização vai dançar fora de época de carnaval e os impactos (financeiros, de imagens ou legais) são Reais.