A força do batom

No reino animal, via de regra, é a fêmea quem protege o seu habitat, especialmente suas crias. Muita gente confunde sexo frágil com delicadeza ou até mesmo com uma condição inferior. Quem pensou assim possivelmente estará cometendo um engano, pois são elas quem nos protegem desde cedo e com uma força extraordinária que se revela no momento de necessidade.

É comum tratarmos nas empresas privadas o tema de segurança/proteção com homens. Quase sempre percebemos uma certa resistência, como se houvesse uma barreira natural em ouvir de um outro homem orientações a respeito do tema. Curioso, mas é real! O caso é absolutamente o inverso quando são as mulheres que cuidam do tema, pois são muito mais receptivas e detalhistas, permitindo assim um grau de aprofundamento maior nas questões de prevenção.

Penso que a sensibilidade feminina é um dos fatores que ajuda a perceber com maior clareza os pontos de riscos, além de alguma outra coisa inexplicável que as direcionam para as soluções mais assertivas de prevenção e também, quando preciso, de reação. Seria o sexto sentido feminino atuando na segurança/proteção?

As mulheres exercem inúmeras atividades profissionais, mas acho que podemos destacar aquelas que possuem uma função direta na segurança (pública ou privada) e que sem deixar sua condição de mulher, não se consideram frágeis. Tomam importantes decisões no seu cotidiano e muitas vezes chegam a enfrentar oponentes muito mais fortes, que são dominados pela inteligência e capacidade de racionalizar com praticidade os conflitos.

É desde nossa casa que podemos relembrar as inúmeras vezes que fomos alertados para os riscos e que a desobediência quase sempre nos causavam algum tipo de consequência.

Quando há uma mulher presente numa discussão sobre segurança, suas opiniões são mais ponderadas, buscam conciliar, tratam de forma objetiva sem abdicar do coração, o que certamente é de grande importância para promover as melhores soluções nas questões mais complexas.

Uma das coisa que mais me chama a atenção é o “talento malabarista” que elas possuem, capazes de fazerem várias coisas ao mesmo tempo sem cair do salto (multitasking). A versatilidade feminina permite uma visão mais ampla do seu entorno e dos fatos, obrigatoriamente fazendo-as enxergar melhor os detalhes. Ouçamos mais as mulheres, há uma grande chance de ficarmos mais seguros.

Matéria publicada em minha coluna no jornal Gazeta Brazilian News: http://gazetanews.com/author/igor-pipolo/.